PeletronTech #2: 22 de agosto de 2025

Ouvir ao PeletronTech. Ouvir no Substack. Olá! Esta é a newsletter do PeletronTech, o seu boletim de publicação científica e tecnologia. A edição de hoje traz quatro matérias publicadas no blog...

Tempo de leitura: 2 - 3 minutos

Quatro estudantes do Departamento de Bibliotecas, Arquivos e Ciência da Informação da Universidade do Cairo — Esraa Kamal, Esraa Abo El Magd, Rawan Ashraf e Yasmine Essam — publicaram um resumo de seu trabalho de conclusão avaliando o Directory of Open Access Journals (DOAJ) como sistema de recuperação de informação. O estudo examina objetivos, escopo, padrões editoriais e desempenho do DOAJ em tarefas de busca, oferecendo uma leitura útil para bibliotecários, editores e pesquisadores que dependem do diretório para descoberta de periódicos e artigos em acesso aberto. O texto foi divulgado no blog do DOAJ em 18 de agosto de 2025, com atualização em 20 de agosto.

A metodologia combinou métricas diretas e indiretas. Entre as diretas, foram consideradas precisão, recall, tempo de resposta, interface, escopo, qualidade da informação e usabilidade. Entre as indiretas, destacam-se Recall@K, Mean Reciprocal Rank (MRR) e MAP@K. Num experimento com a consulta “Artificial Intelligence”, a amostra trouxe 16.900 registros; 394 foram classificados como relevantes, resultando em precisão de 2,3% e recall de 80,2% ao se comparar com um conjunto de 492 itens julgados relevantes. O estudo também reporta Recall@K de 80,2% e MAP@K de 94%, sugerindo que, uma vez identificados, os itens relevantes tendem a figurar bem ranqueados. O MRR é mencionado como 1,5 — valor acima do intervalo convencional da métrica (0 a 1), o que indica provável inconsistência ou erro de digitação no post.

No panorama operacional, as autoras descrevem o DOAJ como uma plataforma globalmente inclusiva, com ferramentas de busca simples e avançadas, metadados abrangentes e acesso gratuito. Pontos a aperfeiçoar incluem suporte multilíngue mais robusto, exibição de capas de periódicos e melhorias de navegação em determinados idiomas. As recomendações elencadas incluem incorporar algoritmos de busca mais inteligentes com apoio de IA, autosugestões de termos e um sistema de recomendação de artigos ou periódicos, além de um chatbot para auxílio em tempo real.

Como contexto, o próprio DOAJ informa atualmente mais de 21,8 mil periódicos indexados e mais de 11,4 milhões de registros de artigos, abrangendo 89 idiomas, o que reforça a relevância do diretório como infraestrutura de descoberta em acesso aberto e ajuda a explicar o alto recall observado no estudo: a cobertura é vasta e tende a recuperar grande parte do universo relevante, ainda que à custa de ruído nas primeiras respostas. Para editores e gestores de periódicos, essa escala também implica responsabilidade na consistência de metadados e na adoção de boas práticas de transparência para facilitar a descoberta.

Do ponto de vista prático, os resultados sugerem três frentes de ação. Para usuários finais, é recomendável combinar filtros (área, idioma, país, editor, datas) e operadores de busca para elevar a precisão sem sacrificar o alcance, além de validar termos e sinônimos usados nas estratégias de pesquisa. Para bibliotecários e gestores de repositórios, vale investir em instrução de usuários com foco em engenharia de consulta e uso de filtros avançados. Para editores, a qualidade e a granularidade dos metadados enviados ao DOAJ — títulos, resumos, palavras-chave, licenças, áreas temáticas — são decisivas para reduzir ruído e melhorar a posição dos artigos realmente relevantes nas páginas de resultados.

Embora seja um resumo de TCC e não um artigo revisado por pares, o trabalho agrega evidências úteis sobre como o DOAJ se comporta como sistema de recuperação: alto recall, ranqueamento eficaz dos itens relevantes e desafios de precisão que podem ser mitigados por melhorias técnicas e por melhores práticas de descrição. Para a comunidade de comunicação científica, a mensagem central é pragmática: com indexação ampla e políticas de qualidade, o DOAJ é peça-chave na descoberta de conteúdos em acesso aberto, mas seu valor cresce quando editores, bibliotecários e pesquisadores colaboram na curadoria de metadados e no uso estratégico das ferramentas de busca. 

Fonte: Blog DOAJ

Texto produzido com auxílio de inteligência artificial

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